sexta-feira, 28 de outubro de 2011


Na praça o tempo passa,</p><p>tudo passa.

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       Sexta-feira 28 de Outubro de 2011, 09:32 hs praça Rui Barbosa bem em frente à famosa praça da Estação de Bh. Estou eu, assentado bem no meio de um dos bancos de madeira destes feitos com ripas, os mais comuns em praças; com os braços abertos e os apoiando no encosto do banco , quase alcançando suas extremidades de tão a vontade que eu me sentia. Eu estava a observar a arquitetura dos edifícios em volta da praça, seus jardins bem cuidados, alguns homens trabalhando na limpeza dos bueiros ali perto, os Guardas municipais espalhados estrategicamente por todos os lados, isso tudo sem falar no corre-corre das pessoas apressadas atravessando a Avenida dos Andradas.


       Como é movimentado o centro da cidade de Belo Horizonte, todos correm, uns pra lá, outros pra cá mas invariavelmente, todos correm. É a vida pulsando na cidade.
       
      Enquanto eu observava que a frota de veículos de Bh fica cada vez mais nova, bem a minha frente no canteiro central da avenida esperando o sinal abrir, no meio de muitas pessoas que ali aguardavam a atravessia segura, duas figuras me chamaram a atenção; um jovem aparentando seus 24 anos trajava terno e gravata, e em sua mão esquerda segurava uma valise enquanto falava em seu celular de ultima geração, e ao seu lado uma distinta senhora aparentando seu 60 anos, bem vestida, cabelos ruivos, no rosto óculos escuros e grandes, e abaixo do seu braço direito protegia sua bolsa cinza, na qual pude observar que designe do edifício que antes eu observara, então voltei meu olhar para o tal edifício para confirmar minha suspeita e lá estava, o prédio com as mesmas linhas horizontais que emoldavam a bolsa da distinta senhorinha. Achei, mas quando voltei meu olhar pra frente....PLUFT!!! como num passe de mágica, já não mais vi o jovem de terno e muito menos a senhorinha que tinha arquitetura predial em sua bolssss... PICOLÉ...PICOLÉ..picolé ai moço? Fui interpelado pelo vendedor de picolé, que empurrando seu carrinho colorido tentava levar um qualquer pra casa. "Não muito obrigado chefia". Hoje não! Respondi ao vendedor...xccchhuuuaaaaaa... ouvi um gostoso barulho de chuva...pescebi então que ligaram o chafariz da praça da estação, a água chamou não só a minha atenção, mas de todos que por ali estavam, ou passavam a praça ficou ainda mais bonita, de onde eu estava conseguia ver a água do chafariz e logo atrás como pano de fundo a torre com o enorme relógio de números em algarismos romanos que já marcava 10:00 hs. E a multidão de corre-corre continuava. 


      Era um dia lindo, ensolarado, e já começava a fazer calor e eu lá, sentadão no banco, comecei a arrepender-me de ter dispensado o meu amigo do picolé...POSSO ME ASSENTAR AQUI UM INSTANTINHO MOÇO? Interrogou-me uma mãe arrastando seu filho pelas mãos querendo se assentar para fazer a higiene nasal da criança; PAPAI.. PAPAI... senti uma batidinhas no meu ombro esquerdo.. PAPAI.. PAPAI... olhei assustado para o lado da criança e ouvi ao longe uma vozinha dizendo:....ACORDA PAPAI.. ACORDA PAPAI,  você falou que ia arrumar a minha bicicleta: Era a minha filha ANABELLE, me acordando as 08:45 hs da manhã. Ufa pensei; tudo não passou de um sonho, hoje Sexta-feira não fui trabalhar é feriado no  TCE onde trabalho, esfreguei os olhos e vi aquele sorriso lindo, me cobrando uma promessa que eu havia feito dias antes.


       Por isso, eu não apareço assentado no banco da praça na foto acima. 


       E ao contrário do que possa parecer, eu também não SONHEI tudo isso.


       Vejam, a hora desta postagem não condiz com os horários mencionados neste POST, lamento informá-los que não vi o jovem de terno, ou a senhorinha com bolsa arquitetônica, nem o chafariz sendo ligado ou o menino com o nariz escorrendo, nem quaisquer outros personagens citados acima.


       Foi tudo uma história criada por mim, pois passo todos os dias neste lugar para ir para o trabalho( onde se passam os fatos fictícios), e sempre correndo como as multidões é claro, mas de tanto passar por ali, fiquei imaginando estas situações e como eu as escreveria, e deu nisso.  Espero não despontá-los (meus leitores), pois eu realmente gostaria de me assentar naquele banco de praça, e ficar a observar as pessoas e os lugares.
      Se consegui prender sua atenção até aqui, e se você em algum momento da narrativa tentou imaginar a cena; pra mim eu alcancei meu objetivo de "escritor" e agradeço muito a paciência.


       Criei toda essa história usando a minha mente, boa ou ruím é uma história criada por essa ferramenta poderosa que Deus nos deu a MENTE. Sinto por aqueles que a usam para criar coisas más.


ATÉ A PRÓXIMA, abraços Diney


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domingo, 9 de outubro de 2011

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TRADUÇÃO 
(ao pé da letra, com erros de português e tudo)


Cris, gostaria que: Você se sinta bem ao receber esta "cartinha" o quanto me senti bem em receber a sua.

E sempre bom saber que em algum lugar nesse mundo maluco, existe uma pessoa que se lembre e se importe  com a gente.

Gostaria também de dizer que estou adorando o fato de ter conhecido alguém como você, uma garota doce, educada, alegre e ainda uma "gatinha".

Espero que você não ria muito de mim, pois você sabe que não sou muito bom com as palavras e as escritas, mas de qualquer forma o que vale é a intenção!

Um forte abraço é um beijão!!!
                                                                        Diney 97

Belo Horizonte 26/03/1997, é, é isso mesmo, 1997. Esta foi uma das minhas primeiras correspondências com a minha amada (e hoje também esposa) Cristiane. Escrevíamos muitas cartinhas, e sempre que um de nós recebia uma cartinha, devolviamos na mesma moeda, ou seja, davamos uma cartinha de volta. 
Durante anos foi assim, cartinha pra lá, cartinha pra cá. Ficavamos nos desafiando, se ela (Cris), me escrevesse uma carta a lápis, eu retrucava com uma a lápis também. Um dia ela me escreveu uma carta datilografada, e passei um enorme aperto pra retrucar, pois eu não conhecia ninguém além dela que tivesse uma máquina de datilografar, que sufoco. E que bom que hoje eu posso reviver isso um pouco, pois nós temos duas pastas com todas as nossas correspondências, foi muito legal ver tudo o que eu ja tive coragem de escrever pra minha amada. 
Mas me deparei com a seguinte questão: 
Onde foi que nós paramos, ou porque foi que paramos?
Será que escrever cartas está relacionado à conquista, ou diretamente ligado à saudade?
Fato é que paramos de nos escrever. Oras, só porque estamos debaixo do mesmo teto, não significa que não podemos nos escrever mais? Ou será que as cartas sairam de moda devido ao advento da internet?
Lembro-me da emoção de receber uma cartinha pra ler somente em casa (eramos namorados e eu morava sozinho em outro bairro), e confesso que algumas vezes parei no meio do caminho pra ler, ou lia enquanto caminhava pela noite de volta pra casa. Ela escreve como ninguém, sabe colocar na ponta da caneta suas emoções.
Hoje, continuamos a escrever, porém, escrevemos em carta aberta nos nossos blogs. Mas confesso que gostava daquele tempo em que se errassemos uma palavra, a carta ficava feia ou teríamos que escrever outra, não tinha a teclinha backspace para limpar nossa "errata"...ai..ai.. tempo bom aquele.
Escreva uma carta a alguém que você goste e você verá que ele se surpreenderá, experimente.

É muito bom Cris, ler estas cartas e perceber que nossa história tem conteúdo, tem base firme que construimos desde o começo... PS, EU TE AMO.

Abraços até a próxima.